Cartomância

Julga-se que o uso de deitar cartas para “adivinhar” o destino é oriundo da China no princípio do século XII. Mais tarde sabe-se que na Índia se usava o mesmo método. Diz-se também, que os ciganos como povo nómada, acompanharam-se sempre das cartas e introduziram os seus hábitos pelos locais onde viviam. E, todo o Ocidente, África e Ásia menor ficaram a conhecer a arte da cartomancia. Naturalmente que cada povo evoca na sua leitura os seus deuses, a sua espiritualidade, as suas divindades.

O Baralho é constituído por 52 cartas, 40 numeradas e mais 12 figuras distribuídas por 4 naipes: ouros, paus, espadas e copas.

Cada naipe inclui a Dama, o Valete e o Rei.

Através de todos os séculos, todas as “gentes” recorriam a algo para saber o que os esperava no dia seguinte e como resolver os problemas que em cada dia os perturbasse.

Nem sempre se consegue o controlo dos nossos sentidos e por vezes, quando se atinge o desespero recorre-se sempre, a quem julgamos saber mais que nós.

E desta maneira tão simples entra-se imediatamente no mundo esotérico, no mundo místico, no mundo das ciências ocultas.

Os hábitos alargam-se, a divulgação faz-se de geração em geração e não é preciso haver necessidades, é preciso somente desejar conhecer o futuro, o “mistério” que envolve a nossa vida.

Pesquisadores conseguiram apurar que há muitas formas de ler as cartas e entendeu-se que o seu crescimento não foi mais rápido por medos e receios de críticas desagradáveis e até de alguns preconceitos vividos na época.

Actualmente, consequência dos tempos modernos, o sentido de liberdade encontra-se em inúmeras pessoas que praticam a cartomancia na mesma região.

Perdeu-se no mundo o temor de se dar a conhecer quando se procura aquilo que mais nos preocupa! As cartas agrupam-se constituindo baralhos.

Apresentam-se com variadas figuras, naipes e cores e de acordo com as épocas em que eram “construídas” apareciam em madeira fina, de plantas, e até de papel, mais conhecidas por lâminas.

Nos nossos dias aparecem de forma mais colorida, muito criativas usando a beleza que cada ser humano lhes atribui quando se inspira.

Baralho Rui Pereira Tarot, Santeria Cubana, Runas